Nesta semana tive a oportunidade de ler um artigo durante o trajeto entre SP e RJ com o título de "Seleção Natural" escrito por Helio Levenstein.
Este artigo discorria sobre pessoas e empresas que se dedicam a pesquisar tendências e ajudam na definição de padrões de estilos. Muito interessante.
Numa nota de página, li um exemplo prático sobre a teoria de criar tendências. Trata-se do caso do iPod, da Apple.
Em 1997, na Alemanha, um inventor apresentou o formato de arquivo digital MP3, condensando uma música em poucos megabytes.
Tal novidade foi testada por músicos, artistas, DJs e gente ligada à tecnologia que apostaram nesta idéia. Porém, esta idéia ficou restrita a este nicho.
No entanto a área de tendências da Apple decidiu apostar nesta nova criação pois entenderam que esta idéia era futuro da música, sendo uma maneira de lucrar. Só era necessário popularizar e difundir esta novidade.
A Apple então, 5 anos antes do lançamento do iPod, produziu um software gratuito para a organização de arquivos musicais digitais, o iTunes. Desta forma, as pessoas se familiarizaram com o formato MP3. Desta forma a Apple lançou uma tendência relativa ao MP3, instigando a curiosidade do público.
Após a ampla difusão da tecnologia, foi lançado o iPod no mercado como um tocador de músicas digitais que hoje é um dos maiores sucessos do mundo tecnológico.
É lógico que, com esta tendência, a indústria fonográfica que não acreditou nesta tecnologia, sofre hoje com seus volumes de vendas bem menores que no passado e os artistas que hoje vendem 100.000 cópias de seus CDs se dão por muito bem sucedidos enquanto que no passado falavamos de milhões de cópias.
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